quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mais escolas. Menos presídios.


Por: Mayara Chaves

Jogar um adolescente no Sistema prisional brasileiro significa jogar esse jovem no esquecimento sem intenção de recuperar, ou ressocializar, na maioria dos casos, socializar alguém que sempre viveu à margem da sociedade. É uma proposta alimentada por vingança, responsabilizar todos os menores, pelo erro de alguns, com um recorte social bastante claro, ou melhor dizendo, bastante escuro. 

O Estatuto da Criança e do Adolescente dá direitos a esses jovens, mas também lhes impute medidas educativas caso corram pelo lado errado (6 tipos), e recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.

Se as instituições criadas para acolher esses menores infratores, salvo raríssimas exceções, sempre foram incapazes de reconduzirem efetivamente este menor ao convívio social, imaginem os presídios, recheados de pessoas com poucas perspectivas, e uma vida inteira dedicada à criminalidade?


 O Estado está se negando à responsabilidade por essa juventude carente de tudo, optando por trancafiá-las até que deixem de ser gente e se transformem em coisa. Coisa essa, incapaz de atrair simpatia, e mais fácil de ser descartada em um beco qualquer.

#NãoàRedução
#JovemNegroVivo

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