quarta-feira, 29 de abril de 2015

SNJ abre inscrições para o 'Encontro de Coletivos: Midialivrismo e Juventude'


A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) anuncia, nesta quarta-feira (29), o lançamento e a abertura de inscrições para o "Encontro de Coletivos: Midialivrismo e Juventude", a ser realizado no Rio de Janeiro (RJ), nos próximos dias 15 e 16 de maio.

O evento tem o apoio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) do Ministério da Cultura (MinC) e é parte de um termo de cooperação da SNJ com a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O "Encontro de Coletivos" será um momento em que dezenas de coletivos de comunicação independente de todas as regiões do Brasil se reunirão para discutir questões fundamentais para o fortalecimento do cenário da comunicação midialivrista no Brasil.

Os principais objetivos do "Encontro de Coletivos" são a organização da cobertura colaborativa da 3ª Conferência Nacional de Juventude, a discussão sobre o Edital Pontos de Mídia Livre, e, é claro, a troca de experiências e conhecimentos de midialivrismo entre uma rede nacional de jovens comunicadores.

A organização do Encontro vai arcar com o custo de 50 passagens aéreas e hospedagens para integrantes de coletivos de comunicação de fora do Rio de Janeiro. Para se candidatar ao custeio da viagem, é necessário inscrever-se no formulário abaixo até o dia 4 de maio, ao meio-dia. Depois disso, as inscrições seguem abertas a todos os interessados.

Confira a programação completa do evento, clicando aqui.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Hangout discute a redução da maioridade penal


Proposta de redução da maioridade penal, cuja admissibilidade foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no final de março, tem dividido opiniões em todo o país. Enquanto a proposta é analisada por uma comissão especial antes de ser votada na Câmara, a sociedade debate se a redução seria ou não uma solução para a violência cometida por jovens menores de 18 anos.

De um lado, os que são contra a redução afirmam que os jovens, maiores vítimas da violência no país, poderiam ser punidos duplamente com a aprovação. De outro, quem é favorável à redução alega que o adolescente já tem discernimento para decidir entre o certo e o errado e, portanto, deve ser responsável por seus atos.

Para debater esses e outros pontos polêmicos, o Portal EBC, em ação colaborativa com a Mídia Periférica, grupo de jovens comunicadores, realiza nesta quarta-feira (29), a partir das 11h, uma videconferência ao vivo sobre o tema, com participação da sociedade. A advogada Semirames Khattar Mendes e o estudante de cinema Roosevelt Soares debaterão o assunto, mediados por Enderson Araújo, da Mídia Periférica, e Juliana Nunes, jornalista da EBC.

Os internautas podem enviar suas perguntas e comentários pelo nosso Twitterou Facebook. O player para a transmissão ficará disponível nesta página a partir das 11h desta quarta-feira (29):

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Rapper Fall Clássico, reforça ser contra a redução da maioridade penal, após conhecer realidade de jovem que o roubou.

“Sou contra a Redução da Maioridade Penal, o ser humano precisa de estímulos, oportunidades e exemplos, para que possam crescer e evoluir, a nossa infância vive abandonada”

Na madrugada de sexta para sábado (24-25), o rapper baiano Fall Clássico, teve sua moto roubada, segundo Fall, seu veiculo foi roubado, em frente ao condomínio onde reside, ao sair pela manhã, por volta das 7hrs, o veículo não mais se encontrava no lugar, depois de ter registrado queixa, o artista fez uma publicação na sua rede social, pedindo ajuda para encontrar sua moto, uma Honda Falcon. 

Ainda na noite de sábado, o veículo foi encontrado, na região da cidade baixa, com alguns problemas, segundo Fall, a moto estava toda acabada e precisava de alguns reparos mecânicos. 
O que surpreendeu os fãs e amigos de Fall, foi sua declaração na noite dessa segunda-feira (27), em sua rede social, espaço que ele tem usado não somente para a promoção de sua carreira, mas tem feito bastante critica sobre assuntos cotidianos, e mais uma vez, Fall mostrou que é um artista atento as questões de consciência humana. 

O artista publicou o seguinte texto no facebook
“O que fazer quando você fica sabendo que o ladrão da sua moto é menor de idade, a mãe vende pedra, o irmão é traficante e o porteiro do seu condomínio, falou para o menor que estava roubando a moto. "Eu não entro em nada" realmente... Vivendo no meio da babilônia no meio do inferno. Tem que ter muito equilíbrio espiritual e muito amor no coração para não fazer besteira. De coração, desejo luz e evolução para essas almas e que a luz continue no meu caminho. Não posso e não quero me perder.”

Depois dessa postagem, procuramos Fall Clássico e numa conversa rápida, o artista declarou ser contra a Maioridade Penal para 16 anos “Sempre acreditei que o ser humano precisa de estímulo, oportunidades e de exemplos, para que possam crescer e evoluir” o artista cita como solução para problemas como estes, onde menores são envolvidos com a criminalidade, que a saída será através da criação de politicas públicas e o fortalecimento de projetos voltados para a juventude “Nossa infância está abandonada” citou o artista.

Ele acredita que o encarceramento, não é a solução para a evolução e a ressocialização dos menores infratores, nesse intuito, irá retirar a queixa do roubo, e acredita que de outra forma, esse jovem, pode ser impactado, e se sentir parte de uma sociedade, pois sua vida no mundo do crime, é um fator histórico, pela falta de assistência governamental, com politicas públicas voltadas a garantir que a infância não se perca, na criminalidade.


sexta-feira, 17 de abril de 2015

RONALD VAZ, REFÉM DA INTIMIDAÇÃO DO RACISMO

O medo da via letal atingir um jovem negro na Bahia tem modificado o cotidiano de muitos, a exemplo de Ronald Vaz, de 27 anos. Após ser agredido verbalmente por um policial federal, no dia 6 de março, no Centro de Salvador, ele procurou as polícias civil e militar. Ambas se negam a auxiliar o jovem, estudante de Artes Cênicas da UFBA, e o receio é que as ameaças se concretizem a qualquer momento

Ronald conta que estava com sua esposa na fila da agência no Comércio do Banco do Brasil, quando entrou um homem branco, aparentando 40 anos, e furou a fila, tentando o atendimento prioritário. O jovem conta que reclamou, porém o homem se dirigiu a ele, já com palavras de ofensa e perguntando do que reclamava, e que o mesmo iria ver o que iria acontecer quando saísse da agência. Logo o jovem pediu a sua esposa para ligar para a polícia, pois estava sendo ameaçado, o homem dirigiu o dedo para o rosto da moça e proferiu:“Ligue para a polícia, que eu pego os dois”, acompanhado de palavras de baixo calão.

Logo após chegou uma guarnição da PM, pois algum cliente percebeu o que estava acontecendo e avisou, só que logo que os “PMs” tentaram averiguar, o homem branco, dirigiu – se e esfregou uma carteira com um brasão da polícia federal, no rosto do jovem. A PM “amenizou” a situação, liberando o policial, e aconselhou que o jovem não levasse o caso adiante, pois se tratou de uma discussão, e não era configurado racismo.
Ronald procurou a 1 DP no Bairro dos Barris, onde registrou queixa, e três dias após a queixa foi em busca do Boletim de Ocorrência, onde o delegado o hostilizou novamente. Conta Ronald, que ao pedir o registro das câmeras da agência, o delegado disse que não seria possível, pois as imagens são de instituição para instituição, ainda na tentativa de argumentar, o jovem foi questionado pelo delegado “Você quer sentar aqui no meu lugar?” .

O jovem está aflito, com medo de circular pelo Centro da cidade, pois fez denúncia pública, e contou o caso em seu perfil no Facebook, porém ainda precisa de ajuda com Advogado ou defensor público, o jovem diz ter procurado a SEPPIR - Secretaria de Politicas de Promoção da Igualdade Racial , porém sem resultado.

A Juventude Negra, está sendo eliminada e violada dia após dia, seja nas periferias por vias letais, seja nos centros da cidade por vias hostis, e quem deveria dar a segurança e garantir as leis, é quem as viola em prol de uma sociedade elitista e que tem em perfil um racismo impregnado.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mais escolas. Menos presídios.


Por: Mayara Chaves

Jogar um adolescente no Sistema prisional brasileiro significa jogar esse jovem no esquecimento sem intenção de recuperar, ou ressocializar, na maioria dos casos, socializar alguém que sempre viveu à margem da sociedade. É uma proposta alimentada por vingança, responsabilizar todos os menores, pelo erro de alguns, com um recorte social bastante claro, ou melhor dizendo, bastante escuro. 

O Estatuto da Criança e do Adolescente dá direitos a esses jovens, mas também lhes impute medidas educativas caso corram pelo lado errado (6 tipos), e recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.

Se as instituições criadas para acolher esses menores infratores, salvo raríssimas exceções, sempre foram incapazes de reconduzirem efetivamente este menor ao convívio social, imaginem os presídios, recheados de pessoas com poucas perspectivas, e uma vida inteira dedicada à criminalidade?


 O Estado está se negando à responsabilidade por essa juventude carente de tudo, optando por trancafiá-las até que deixem de ser gente e se transformem em coisa. Coisa essa, incapaz de atrair simpatia, e mais fácil de ser descartada em um beco qualquer.

#NãoàRedução
#JovemNegroVivo